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A diversidade na comunicação publicitária: um público plural demanda um comunicar pluralizado

Por: Redatoria - Publicação: 27 de março de 2019
A diversidade na comunicação publicitária: um público plural demanda um comunicar pluralizado

Uma comunicação mais diversa é, cada vez mais, necessária para contemplar públicos distintos e que merecem a devida atenção. No comunicar publicitário, ainda é possível observar diversas barreiras quando tratamos de uma comunicação plural. Mas como as empresas devem posicionar-se em relação a isto?

Antes de tentarmos encontrar uma resposta, precisamos entender de forma acertada as necessidades e demandas do público de uma forma geral e que não há uma única e certeira resposta. Vivemos em uma sociedade heterogênea, repleta dos mais diversos e distintos corpos, cores, pensamentos, estilos de vida, de amores, entre outros exemplos, sendo assim, uma comunicação unilateral e “tradicional” não é capaz de contemplar tantas particularidades. Há a necessidade de abordagens direcionadas e que incluam grupos de consumidores que são esquecidos em diversas oportunidades.

Um cliente que se vê no produto que compra é propenso a tornar-se mais fiel e engajado com a marca. O desafio aqui aparece muito mais como uma oportunidade do que como uma dificuldade. Diversificar, não só, a comunicação, mas também o ambiente de trabalho, é tendência dentre as maiores empresas do mundo. Ou seja, descentralizar o pensamento não é positivo apenas para o público-alvo, mas também para a própria empresa que ganha com perspectivas mais amplas. É importantíssimo lembrar que diversificar não é apenas uma questão de posicionamento, mas também estratégia de mercado, já que em países como o Brasil, por exemplo, grupos tradicionalmente sub-representados compreendem mais de metade da população total, aparecendo como a maior parte do público consumidor.

Para entender as causas e produzir uma comunicação mais inclusiva é fundamental aproximar-se delas, sempre com um posicionamento de escuta, alteridade e troca, como forma de garantir o protagonismo do grupo. Existe uma linha tênue entre aproximação e apropriação, ou seja, mais do que apenas fazer boas campanhas com a temática da diversidade é preciso engajar-se e entender essas demandas, acolhendo as pautas de forma assertiva e honesta, não basta diversificar para vender.

Para aquela empresa que enxerga oportunidades neste contexto, é importante agir com responsabilidade, descentralizar a comunicação é um desafio e deve ser feito com cautela. Dificuldades podem surgir inicialmente, mas assim como diz TOSCANI (1995), afrontar a indústria da propaganda é uma questão de estética e uma forma de resistência ao universo “Cor-de-Rosa” do comercial.

Em suma, cabe assim às empresas, trazerem pautas que contribuam para uma maior diversidade em sua comunicação e composição, assim, auxiliando na produção de um ambiente comunicacional mais justo, bonito e plural.

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