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A morte de um escritor é sempre prematura

Por: Redatoria - Publicação: 12 de julho de 2014
A morte de um escritor é sempre prematura

“Na saudade descobrimos que pedaços de nós já ficaram para trás. E descobrimos, na saudade, uma coisa estranha: desejamos encontrar, no futuro, aquilo que já experimentamos como alegria, no passado.  Só podemos amar o que um dia já tivemos”. Rubem Alves A morte de um escritor é sempre algo prematuro, deixa um espaço vazio e uma enorme quantidade de pessoas órfãs de escrita e de sensibilidade. A última semana foi pesada para os brasileiros, João Ubaldo Ribeiro e Rubem Alves partiram com um intervalo de apenas um dia e sobraram lamentações em todas as redes sociais. Certamente, foram grandes perdas para o nossa literatura, tão carente de talentos destas grandiosidades. Ambos escritores voltados para a realidade do país, ambos preocupados com o Brasil, ambos ícones de uma geração. João Ubaldo Ribeiro é escritor contemporâneo de grandes nomes, da tradição de Guimarães Rosa, Graciliano Ramos e Jorge Amado. Contou histórias sobre a nossa gente.  A obra “Viva o povo brasieliro” é o cerne da formação de nossa identidade cultural, ele soube ler como ninguém as nossas riquezas e mazelas e transpô-la para sua escrita com grandiosidade. Um escritor ousado, apaixonado e que deixa com sua partida muitos leitores desolados. Rubem Alves foi, sem dúvida, sensível à beleza da vida, justo ele que dizia acreditar que a morte nada tinha a dizer sobre a vida. Suas obras, que somam mais de 160 títulos, renovam a força da sabedoria humana. Foi um pensador da educação no Brasil, com ideias e ideais revolucionários. Também pensou nossa gente, também amou nosso país.  Manteve viva na poesia a inconsciência da beleza, na crônica as palavras de sabedoria e nos livros infantis a inocência da primeira infância. Apesar da saudade imensa, é sempre bom saber que podemos revisitá-los através da leitura de suas obras, imortalizando-os em nosso inconsciente.

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