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Iniciam-se anos de solidão

Por: Redatoria - Publicação: 17 de abril de 2014
Iniciam-se anos de solidão

Viver para contar e viver como uma atitude de resistência… aliás resistência é a palavra-chave para definir o nosso querido Gabriel García Márquez. Um resistente, que vê beleza em tudo ao seu redor. Com sua caneta, transformou o banal em fantástico. Um resistente que acreditou no amor como a última redenção possível. Gabriel García Márquez foi um escritor do humano, da matéria humana e todas as suas debilidades. Suas histórias eram verdadeiros tratados sobre o amor, o amor apaixonado, o amor sexual, libertino, libertador… o tédio do amor e a dificuldade de mantê-lo no caos do mundo. A dimensão ficcional da obra literária de Gabriel García Márquez ultrapassou a mesmice do ficcional, buscou no realismo mágico os limites de sua representação. Seus textos procuram, no impossível, o sentido e a compreensão para a experiência humana. A sua preocupação literária consistia em expressar a dimensão do conflito humano, sem a pretensão de solucionar esses conflitos, mas compreendê-los em toda a sua inteireza. Seus personagens expressam os grilhões que os aprisionam em medos insustentados, amores mal resolvidos, vidas despedaçadas e uma esperança que se reconstrói a cada página. São personagens amarrados pelos conflitos interiores e exteriores que marcam nossa memória… Afinal, impossível esquecer da família dos Aurelianos Buendia ou do apaixonado senhor de 90 anos que se dá de presente uma noite com uma mulher virgem, em “Memórias de minhas putas tristes”. Só ele foi capaz de nos fazer amar em tempos de cólera. Obras inesquecíveis, marcantes e perturbadoras. Márquez, sentiremos tua falta, a falta da tua magia…

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