Redatoria: Comunicação Digital Inteligente e Personalizada

Digital

Obras que nem o tempo e o vento podem apagar

Por: Redatoria - Publicação: 19 de setembro de 2013
Obras que nem o tempo e o vento podem apagar

O território brasileiro apresenta uma grande extensão territorial e uma riqueza de paisagens, identidades, costumes, mitos, lendas, geografias, tão díspares que formam uma verdadeira miscelânea cultural. A literatura brasileira soube se apropriar dessa riqueza e traz em seu espólio uma diversidade de obras que não se constitui de uma unidade homogênea, mas sim de uma pluralidade. Seja na representação do sertanejo, do gaúcho, do baiano, a temática regional sempre foi uma constante. A literatura de expressão regional imprimiu suas particularidades e características e, atualmente, podemos usufruir como leitores de um verdadeiro apanhado das histórias, costumes e lendas de diversas regiões que compõem a geografia nacional. Narrativas que ora buscaram representar com fidelidade suas regiões, ora buscaram reinventá-las. O Rio Grande do Sul foi tema preferido de muitos que emprestaram, através de sua literatura, novas formas e cores para pintar verdadeiros retratos dessa paisagem, garantindo-lhes nuances próprias. Cada autor à sua maneira, tentou imprimir suas particularidades e características à esta amada e sofrida terra. Mais do que representar costumes, elementos pitorescos, detalhar paisagens ou representar uma região de maneira realista, a literatura gaúcha apontou como uma tentativa de valorizar nossas belezas naturais e também de encontrar a nossa identidade e particularidade dentro desse imenso cenário nacional. O sentimento de independência fez brotar uma consciência nacional com traços e características marcantes e distintivas como costumes, folclore, linguagem, que vão se refletir nas diversas expressões artísticas como formas de uma independência cultural. São muitos os artistas, escritores e intelectuais que declararam um amor profundo pelo seu país e pelas suas origens e marcaram a história com suas obras. Entre tantos e importantes nomes é imprescindível lembrar aqueles que marcaram a memória dos leitores pela excelência de suas narrativas. Nomes quase esquecidos que fizeram parte do Partenon Literário foram os pioneiros em escrever sobre a nossa terra. E outros, mais tarde se tornaram cânones nacionais; autores como João Simões Lopes Neto, Érico Veríssimo e Cyro Martins e até mesmo um romântico que jamais pisou em nossas terras, José de Alencar não deixaram de contemplar a grandiosidade e a exuberância do nosso pampa. Estes escritores buscaram na representação histórica e lendária uma reflexão mais profunda sobre a formação identitária do gaúcho. A poesia não deixou um legado menor, ainda que os tempos fossem outros e os anseios e temáticas da literatura também, é possível se orgulhar dos nomes que aqui nasceram e fizeram história no cenário literário nacional.  No modernismo apontaram figuras como: Raul Bopp, Lila Ripoll e o conhecido Mario Quintana, que com a delicadeza de seus versos simples declarava um amor profundo às ruas de Porto Alegre. A literatura contemporânea continua sendo motivo de orgulho aos nossos gaúchos, nomes que fizeram e ainda fazem história foram reconhecidos nacionalmente como promessas de um novo tempo. Destacam-se atualmente:  Armindo Trevisan, Moacyr Scliar, Josué Guimarães, Luís Fernando Veríssimo, Lya Luft, José Clemente Pozenato, Tabajaras Ruas, Luís Antônio de Assis Brasil, Caio Fernando Abreu, Charles Kiefer, João Gilberto Noll entre outros. Na semana em que se comemora o valor de nossas façanhas, é com orgulho que enchemos o peito para homenagear obras que nem o tempo e nem o vento podem apagar da nossa memória.

Deixe um comentário

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.